Porque será que quanto mais quero, menos consigo?
Porque será que quanto mais me entrego, menos me aceitam?
Porque será que quanto mais valorizo, menos importância tenho?
Já não tenho quinze anos. Já não tenho a inocência e a ingenuidade de pensar que tudo acontecerá em conformidade com os meus sonhos. Que tudo se conjugará na perfeição como se fosse um puzzle de meia dúzia de peças.
Mas também não tenho sessenta anos. Ainda não consigo ter a resignação de quem toda a vida quiz e nunca conseguiu. Não quero ter a consciência de quem podia ter vivido uma vida feliz e aceitou simplesmente a que lhe permitiram.
Sei que as coisas são como são. Enquanto nós quizermos que sejam.
Sei que é díficil encontrar outros motivos de realização. Mas que não é impossivel.
Sei o tão confortável que é simplesmente esperar que as coisas aconteçam por si. E também conheço o desespero de quando não acontecem.
Hoje sei o que é ser amado, mas mantenho o meu maior defeito, o egoísmo. Continuo a querer sempre mais.
Estou aqui. Cheguei aqui. Por ti. Quero ficar. Contigo. Não deixes de me amar.
Fiquem bem, à luz da Lua.
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