“Ninguém disse que ia ser fácil” é uma frase que nos repetimos, a espaços, desde quase o primeiro momento em que nos reencontrámos. Longe estávamos nesse momento sequer de imaginar o quanto significado essa frase iria tomar nas nossas vidas. Mas os dias sucederam-se, os acontecimentos atropelaram-se e conseguimos ter sempre um momento em que de olhos nos olhos, nos confortámos mutuamente repetindo-nos a velha frase: “Ninguém disse que ia ser fácil”!
Nos momentos mais difíceis deste meu “exílio”, recordo toda a convicção com que enfrentámos cada dia deste ano que já passou, e procuro forças nesse olhar que sempre me disse que não ia ser fácil, mas que seríamos capazes.
Quando me sinto cansado, triste, desanimado, perdido, esquecido, negligenciado, ou outra coisa qualquer que me tire as forças, agarro-me a essas lembranças e procuro desesperadamente por um qualquer meio de comunicação que me permita sentir-te mais perto. Continuas a ser a minha força, o meu querer.
Sei que com o passar dos meses, esta minha necessidade de contacto quase permanente cansa, que me pode transformar num chato grudento que não arranja mais nada que fazer de forma a passar o tempo. O tal tempo que custa tanto a passar.
Mas confesso a minha incapacidade em arranjar forças de outra forma.
Realmente “ninguém disse que ia ser fácil”, mas nunca acreditámos que viesse a ser tão difícil. E sem a tua força, fica ainda mais.
Fácil é mesmo só amar-te. Muito fácil. Desculpa este chato. Fiquem bem, à luz da Lua.
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