sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Pensar e viver simples (segundo os poetas e este trovador)

"Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz"


Vinicius regressa à luz da Lua, hoje na companhia de um outro génio, Chico Buarque de Hollanda, com a sua "Valsinha".
Trazem uma história simples. Uma história que nos lembra que há sempre um momento em que podemos fazer diferente, em que podemos optar por não complicar. Normalmente resulta. Mas normalmente é também raro ousar ser simples.
Eu confio na genialidade e na simplicidade. Adoraria dançar esta valsinha. E viver em Paz.
Lua, danças comigo?


Boas valsas e valsinhas, fiquem bem à luz da Lua.

2 comentários:

  1. Então, amanhã lá estarei. Com as expectativas altas e as defesas baixas. Mais uma vez e como sempre. À espera da valsa. Até amanhã!

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Trova à Lua