A minha vida - e acredito que não só a minha - é feita de ligar e desligar botões. Interruptores que controlam ou descontrolam a vontade, o querer, o desejo, a necessidade. Há aqueles que se ligam ou desligam de forma inconsciente, e que ao tomar consciência me apresso a colocar novamente na posição original ou então deixo ficar porque assim até está melhor. Outros há que antes de mudar de posição me obrigam a aturadas reflexões, provocam sentimentos vários, equaciono todos os cenários. E por consciente, o acto de ligar ou desligar um desses botões, tem necessáriamente consequências a partir do instante imediato e não se sabe até quando.
Acredito que esta problemática do "liga/desliga" - consciente - não é apenas minha. E por esse motivo, por vezes, o ligar de um botão por parte de uma pessoa, pode evitar o desligar do mesmo comando por parte de outra. As relações são então dois paineis de botões separados mas que se pretendem funcionar em sincronia. Neste momento opto por ajudar a fazer ligar botões no painel que não controlo. Em consciência, julgo que para o ideal funcionamento da "máquina" é mais saudável que eu desligar botões do meu painel. Como nas provas de ciclismo, "ora puxo eu, ora puxas tu", o objectivo é comum, completar a prova. Na "vida dos dois painéis" é parecido, ligas tu ou desligo eu. Confesso que sou fã dos interruptores ligados, aqueles da corrente contínua.
Liguem os botões certos, e fiquem bem, à luz da Lua.
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