segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

O presente da Lua e as despedidas de um Trovador.


Um sítio especial. Um enquadramento único.
Uma despedida e um reencontro.
Um "até logo" e um "para sempre".
Num tempo algures entre o pôr do sol e o despontar da Lua.
Trocaram-se palavras não fáceis de assumir.
Assumiram-se sentimentos maiores que a vasta planície que se mostrava à nossa frente.
Partilharam-se olhares húmidos, receosos mas convictos na esperança do querer;
Silêncios que doeram e uma gargalhada que trago comigo e me acalma. E me anima;
Fica bem dentro de mim gravada a vontade de fazer as coisas acontecerem.
Não esquecerei aquele momento, aquela intensidade.
Não foram promessas. Foram pedidos de ajuda. Mútuos.
E sei que não foram feitos em vão. Não podem ter sido. Não vamos deixar.
Na tarde em que me despedi por uns tempos do meu castelo, dividi alma, coração e razão.
E essa divisão, multiplicou a minha garra. E a minha vontade de ser agarrado.
Acredito que essa garra e essa vontade também não é só minha. Esse foi o meu presente.
Em busca do saco (que é azul), de pára-quedas bem aberto, deixámos a planície alentajana para trás.
À nossa frente, um Mundo desconhecido para descobrir. E muitas ganas de dobrar o Cabo das Tormentas. Uma outra vez.

Acreditem e lutem, e fiquem bem, à luz da Lua.

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