Hoje é daqueles dias em que não deveria escrever, em que não deveria falar. Pois não consigo passar nada de bom ou inspirador. E é importante sermos inspiradores, fazermos passar boas vibrações, bons sentimentos. E certamente hoje não o conseguirei fazer. Mas arrisco a escrever, mais que não seja para ocupar o tempo com algo que me estimule as capacidades mentais. Mais que não seja para me manter lúcido. É que o tempo não passa. É que estou preso. E magoa estar preso e sentir tanto o peso do tempo parado, sem encontrar motivos para tal pena, para tal condenação.
Mas assim acontece. Para além do peso normal que a distância e ausência têm em mim e na minha vida, hoje está aumentado pela sensação de prisão, de injustiça, de carência mental, física e também material. Hoje nada tem sentido. Nem sequer o querer encontrar sentido. Chorar já não acalma. Dormir não descansa. Lêr não distrai. Pensar atormenta. A única coisa que me conforta é manter-me em contacto. Saber que estás aí. Que me lês. Que me sentes. Que me amas.
Uma vez mais, és a minha âncora, o meu refúgio, o meu escape. A voz amiga que me faz falta. A luz que me mantém fora do escuro.
Mas uma vez mais, descarrego em ti todo o peso que sinto. E isso também não é justo. Mas como posso eu evitar. Queria ser mais forte, mas as forças por vezes fogem-me.
Desculpa Amor. Obrigado Amor.
E pronto, não escrevo mais hoje. Prometo. E assim passou mais um pedaço de tempo. Que é tudo o que quero. Que o tempo simplesmente passe.
Fiquem bem, à Luz da Lua.
sábado, 21 de junho de 2008
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2 comentários:
E passa, mesmo que às vezes pareça eterno, ele passa.
Beijo, meu Trovador.
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