Aceito hoje como verdade que as certezas trazem a segurança. Sinto que as incertezas causam maiores inseguranças. Reconheço que haja quem se sinta mais seguro na incerteza do que na verdade da certeza.
Pode-se viver uma vida inteira seguro de uma verdade e ser-se inseguro. Pode-se ganhar uma vida de insegurança num momento de verdadeira certeza.
Trazendo outros conceitos a este baile de palavras, acrescento que acredito poder acontecer a verdade num momento de insegurança e a incerteza conseguir dar felicidade a quem muito se sentia seguro de o não conseguir ser.
O tempo tanto constrói certezas como causa inseguranças. O tempo e tudo aquilo que se faz ou não faz dele, ou melhor, com ele. E com as nossas certezas, com as nossas inseguranças, com a nossa verdade. E claro está, a dita da felicidade anda sempre a rondar, para essa temos sempre a certeza de ter tempo, mesmo que inseguros. Mas nunca estaremos seguros de a estar a sentir. Talvez seja essa insegurança a raiz e a razão da vontade irresistível de ser feliz a todo o tempo. Com mais ou menos segurança.
Releio esta prosa e parece-me confusa, complexa, irreal, fantasiosa, por vezes alucinada.
E é. Porque na prosa como na vida, o que dá sentido, seja ele qual for, ao uso dos substantivos, à colocação correcta dos adjectivos e advérbios, bem como às conjugações verbais, é a existência do sujeito. Sem ele, pode estar tudo correcto, mas dificilmente fará sentido. Sem mim (o eu), tu, nós e os outros.
Numa madrugada de doze para treze aqui há umas vidas atrás, começámos inseguros a caminhar na certeza de querer viver a verdade, e de verdade. As incertezas fazem parte do caminho, mas tu dás-me a vontade irresistível de ser o sujeito das tuas frases. Desde essa madrugada e é cada vez mais verdade.
Se a prosa continua complexa, eu volto do Campo Grande. Amo-te! Quero-te feliz!
quinta-feira, 13 de novembro de 2008
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1 comentário:
Amo-te
(Lamento a falta de imaginaçao, ou nao!)
Besos, mi Amor
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