De um recanto encantado do Classicismo Português, saiu-me hoje este pensador do pastoreio, do sempre intemporal Luis Vaz de Camões.
O pensamento embebido e a vontade do clássico pastor, acompanha-me hoje neste recanto da moderna Germânia.
"Indo o triste pastor todo embebido
na sombra de seu doce pensamento,
tais queixas espalhava ao leve vento
cum brando suspirar da alma saído:
«A quem me queixarei, cego, perdido,
pois nas pedras não acho sentimento?
Com quem falo? A quem digo meu tormento
que onde mais chamo, sou menos ouvido?
Oh! bela Ninfa, porque não respondes?
Porque o olhar-me tanto me encareces?
Porque queres que sempre me querele?
Eu quanto mais te vejo, mais te escondes!
Quanto mais mal me vês, mais te endureces!
Assi que co mal cresce a causa dele»"
Como sempre, que fiquem bem à luz da Lua.
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