terça-feira, 30 de setembro de 2008

A fresta dos olhos molhados

Os olhos lentamente vão ficando molhados. Ao olhar através de uma fresta da parede suja. Empoleirado num lavabo nojento, ele olha para ela, para o seu amor sonhado. E ao som da música que ela dança, daquela fresta, por ele rasgada, na velha parede, os seus olhos tristes e cansados, desfocam e transportam-no. Levam-no de volta ao momento em que no passado, o seu futuro sonhado, se cruzou com ele. “Olha bem para ti!” - disse-lhe. E ele olhou, compreendeu. Ela queria ganhar o Mundo. Ele lutava apenas para não se perder. Ele estava condenado a lutar e falhar. Ela ia ter tudo. Menos o seu amado, o rapaz sujo e esfomeado, que ela amava. Mas não queria, porque queria mais. Ele, daquele lavabo imundo, anos e anos depois, voltou a ver-se, voltou a encontrá-la.
E o seu futuro foi isso mesmo. Dois pares de olhos molhados. Um mais sofrido que o outro, mas tristemente molhados. Anos depois de se terem encontrado. De se terem perdido.

E é com esta história, que eu me levanto a meio da noite. E que vou voltar à cama.
Fica o registo de uma cena que nunca esqueci, de um dos meus filmes de eleição.
“Era uma vez na América”. Quando o passado fala ao futuro, para olhar para o seu presente. É sempre tarde demais. Como agora.
É tarde, vou tentar dormir um pouco.

Boa noite. Fiquem bem à luz da Lua

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Aviso previsível

Noventa em cada cem vezes, sou previsível. As outras dez confirmam a regra e geralmente surgem quando menos se espera, nem eu sei quando. Na senda da minha previsibilidade, como era de esperar, cá estou eu de regresso às trovas, aos pensamentos em voz alta, aos desabafos de alma, aos pedidos de força, ao sonho feito virtual e partilhado. E, como era de esperar, previsivelmente com maior assiduidade do que nos últimos meses. Coisas dos previsíveis efeitos que a efectiva ausência e saudade causada por esta, acrescido por um muito bem querer e desejo crescentes, acoplados a uma consciência de não retorno, ainda mais vincada pelos recentes tempos de conquistas e partilhas, risos e lágrimas, sonos e sonhos, alma e corpo, estão e vão muito previsivelmente causar neste apaixonado trovador. Pese embora a mais que previsibilidade que esses tempos tivessem um tempo escasso e definido, deixaram em mim, uma constatada agora, menor capacidade de resistência a tudo quanto embora nunca acostumado, já fazia parte do meu previsível dia a dia. Por tudo isso e tudo o mais que como previsivelmente já esperavam não consigo agora definir por incapacidade de escrita versus tamanha sensibilidade de coração, esta luz da Lua volta a iluminar tudo aquilo que me escureça a alma e o ser, nestes tempos que para mim são e serão previsivelmente difíceis de viver.
Fica hoje aqui o aviso. Certamente poderão contar de novo com as minhas trovas lunares. Quase sempre previsíveis, mas sempre e certamente muito sentidas, mesmo que pouco ou mesmo nada pensadas, previsivelmente.
Sei que a Lua me ouve, mesmo que não me compreenda. Sei que a Lua me compreende mesmo que não consiga reagir. Sei que a Lua embora com ciclo próprio a cumprir é tendencialmente mais imprevisível que este seu trovador. Também sei que todos compreendem, que mais que não seja, a escrita destas minhas trovas, ocupa-me o tempo e reconforta-me a alma, focando-me ainda mais a mente, num objectivo e desejo, que previsivelmente, todos já conhecem. À espera do momento de chegada da acção imprevisível, previsivelmente.

Façam-me então companhia, e fiquem bem, à luz da Lua.

A Lua venceu o sonho

Sempre te conheci esse objectivo, esse desejo, esse sonho. Abraçar um aliciante desafio profissional em “tu pueblo”.
Lutadora como sempre, a persistência transformou a vontade em realidade.
Começou uma nova etapa. A de transformar o sonho, agora real, em felicidade.
Lutadora como sempre, a inata competência e a incomensurável capacidade de entrega, farão (re)nascer a realização plena.
E realizado o sonho feliz, a consciência descansada, trará de novo o desafio de novo objectivo, de um novo sonho.

Sofro com o tempo e espaço vazios, mas estou feliz por ter o privilégio de te ver motivada, a vencer os sonhos.
Acredita, vais ser feliz.


E eu amo-te muito, e sabes que estou sempre por aqui, à luz da Lua.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Quem ama acredita!

Sim Amor. Acredito em ti. Claro que acredito. O futuro é nosso! Que não demore. Amo-te!