quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Preciso de mais tempo!

Chegou à pouco a notícia. De sete, restam dois. Um é o meu. E a Vida insiste em recordar-me o seu caminho inexorável rumo ao inevitável. Eu insisto que tal perda só é suportável se antes da sua inevitabilidade se concretizar, tiver sido capaz de reiniciar o ciclo, de criar as amarras e o sentido para que um dia, alguém possa vir a sentir o mesmo medo que eu agora sinto. Eu persisto na minha cruzada pelo Amor, pela Família, pela Amizade, pelo Bem-Estar, pela Compreensão, pela Honestidade, pelo Sorriso. Os seus valores de sempre, que são os meus por herança e por consciência. Quero aproveitar tudo o que a Vida tiver de bom para me proporcionar, mas também quero conseguir um dia envelhecer a amar, com um sorriso.
Preciso de mais tempo para lhe proporcionar a maior das homenagens.Vêr-me feliz!

Lua, quero, vou persistir, contigo. Fiquem bem, à luz da Lua.



quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Muitas letras fazem uma Vida

Sou alentejano. Foi rodeado pela paisagem do Alentejo e a sentir o seu tempo muito próprio que cresci, que descobri os sentidos e eduquei os sentimentos. Foi no Alentejo que te olhei pela primeira vez, Lua!
E foi ao Alentejo que hoje fui buscar a minha trova.
Se há coisa que o Alentejo, a sua paisagem, a sua história e as suas gentes nos podem ensinar, é a renascer. A ter energia, força e vontade. Que depois de um sonho, vem sempre uma realização maior. Como depois do trigo, vem o restolho, e o restolho é toda uma vida. Com entrega alucinada e um coração cheio.


Geme o restolho, triste e solitário
a embalar a noite escura e fria
e a perder-se no olhar da ventania
que canta ao tom do velho campanário



Geme o restolho, preso de saudade
esquecido, enlouquecido, dominado
escondido entre as sombras do montado
sem forças e sem cor e sem vontade



Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda



Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho

há que penar para aprender a viver


e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração



Geme o restolho, a transpirar de chuva
nos campos que a ceifeira mutilou
dormindo em velhos sonhos que sonhou
na alma a mágoa enorme, intensa, aguda



Mas é preciso morrer e nascer de novo
semear no pó e voltar a colher
há que ser trigo, depois ser restolho
há que penar para aprender a viver



e a vida não é existir sem mais nada
a vida não é dia sim, dia não
é feita em cada entrega alucinada
prá receber daquilo que aumenta o coração.



(Mafalda Veiga)


Lua, estou parado. À tua espera. Para renascer contigo. E sempre à tua luz, à luz da Lua.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O dever do sonho

Um sonhador tem direitos e deveres.
O direito de sonhar com aquilo que bem quizer.
O dever de acreditar possuir a capacidade de realizar os seus sonhos.
Sou um sonhador a lutar por cumprir o meu dever.

Sonha comigo, luta também comigo. Fiquem bem, à luz da Lua.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Não é justo!

Quando se ama profundamente, apenas procuramos ajudar, estar presentes, ganhar um sorriso.
Não é justo, quando nesse processo intenso, tropeçamos em nós, e o sorriso foge. Não é justo.

Mas amanhã, é um outro dia. Fiquem bem, à luz da Lua.

domingo, 12 de outubro de 2008

Simplesmente um olhar

Quando um olhar fala por si.
Tenho saudades de olhar para ti.
Simplesmente um olhar.

Fiquem bem à luz da Lua.

Saudades

É tão díficil dormir, sem ti a meu lado.
As horas como que não passam.

E eu:

"Tenho voltado,
todos os dias,
aquele lugar.

trago a Esperança,
de um outro dia,
poder-te encontrar.

E mão na mão,
nossos olhos,
cruzar outra vez.

E jogar a partida,
jogada perdida,
que o Amor nos fez!"

Agora entendo porque é que um dia escrevi tal coisa. Estava a antecipar as minhas noites presentes.
Saudades tuas.

Mais uma vez, vou tentar dormir. Que estejam bem, à luz da Lua.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Devaneios à espreita dos perdidos no Esteval

O Chardonay está cada vez mais fresco. Quase perfeito.
As trufas de chocolate foram trazidas para lhe fazer companhia.
A lata de chantily ganhou lugar na gaveta. E aguarda.
Mais importante que tudo, adivinha-se a chegada do momento.
Com calma e serenidade, a consciência, a necessidade e a vontade, vão entrar pela porta.
E acredito que vêm para ficar. Há que começar a pensar em reforçar os stocks.
Mais que um sonho. Uma convicção, um desejo partilhado.
Um muito merecido up-grade de vida, na estrada da nossa Felicidade.

Espero por Ti. Até lá, estarei por aqui, à luz da Lua.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um grito de alma!

Há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Tudo tem sido muito intenso, muito sofrido, muito conquistado, nos últimos tempos.
Tudo tem sido intensamente questionado e discutido.
Tudo tem o carimbo da razão, da lógica, do possível, do consenso.

Mas há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Que vão contra a lógica, contra o consenso.
Que a razão questiona, que o sentir como que exige.
Que sendo possíveis, não acontecem.

Há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Quando nos sentimos sós, mesmo que nos digam que o não estamos.
Quando lutamos com todas as forças para segurar o que mais amamos.
Quando gritamos, como podemos, por uma voz amiga.

Há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Não deveria ser assim. Não quero que seja assim.
Não posso sentir-me assim. Não mereço assim.
Não será possível que se sinta como eu?

Há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Apenas tenho uma palavra. Um querer, enquanto assim acredito.
Apenas peço o sentir da reciprocidade, em cada momento.
Apenas eu também não quero chorar mais. Não mereço.

Há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Sou capaz de tudo por este querer, por Ti.
Sou capaz de me reinventar e renascer a cada tombo.
Sou capaz de me fechar e sofrer, mas não quero.

Há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Tenho a certeza que há problemas, questões que temos, que já não deveriam existir.
Tenho a certeza que tudo poderia ser mais fácil, mais vivido, mais apaixonado.
Tenho a certeza do que quero, quanto quero, como quero. Que te amo, muito!

Mas, há coisas muito complicadas de viver, de sentir, de aceitar.

Amanhã quero muito ouvir-te outra vez. Mais um passo. Fiquem bem, à luz da Lua.