quarta-feira, 9 de abril de 2008

Tudo vem "esbarrar" comigo. Estou confuso.

Hoje após o almoço ouvi de um quase estranho umas frases em tom de alerta recriminatório, que me deixaram a pensar. Não por o tema me ser desconhecido, ou por não pensar já muito sobre ele. Mas sim pelo alerta ter vindo de quem veio, que mal me conhece, pouco ou nada sabe sobre mim, mas que decerto terá alguma experiência vivida que o precipitou no desabafo. A minha memória retém as suas palavras:
“ Só por cá passamos uma vez. Não temos segunda oportunidade para fazer diferente. Você veja lá o que está a fazer ou a deixar de fazer. Ou é daqueles que acredita que depois da reforma é que vai aproveitar a vida? Acredite que os anos passam e que a juventude já não volta. E o que fez você dela? Estudou, ganhou dinheiro, e? Viveu os melhores anos sozinho? Num país que lhe é estranho? Longe de quem gosta? Tenha juízo! Que se chegar à reforma, vai gastar o tempo nos médicos e arrepender-se muito do que está a deitar fora agora.”

Que terá marcado a vida ou não vida do pobre homem, para assim do nada, questionar de forma tão directa a vida de um estranho? Que mais terá ele para contar?
Que mais terei eu que ouvir? E que questionar?

E sei que ele nem sonha, o quanto doeu ouvi-lo e sentir que tem razão. Fiquem bem à luz da Lua.

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