Quando penso em ti, só me apetece, correr. Para ti.
Quando sonho contigo, só me apetece, sonhar. Contigo.
Quando acordo, só me apetece, olhar. Para ti.
Quando estou sozinho, só me apetece, estar. Contigo.
E quando te sinto, só me apetece, parar. O tempo.
Hoje, olho e sonho estar a correr para te sentir. Amanhã quer acordar e continuar a viver o sonho. Contigo aqui.
Até amanhã. Fiquem bem, à luz da Lua.
quinta-feira, 23 de abril de 2009
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Trova do Amor injusto
Perco vida de cada vez que te vejo o olhar triste.
Perco vida de cada vez que te sinto a chorar por dentro.
Perco vida a cada vez que me sinto impotente em te oferecer dias mais coloridos.
Não aceito esta vida em que tanto Amor afinal não traz nem felicidade, nem sorriso.
Que ganhes ânimo, que ganhes coragem, que ganhes sorriso.
Se para isso tiveres que ganhar também outros mundos, mesmo que longe,
Estou preparado para chorar e nos secarmos as lágrimas,
E sabendo-te mais feliz, continuar a amar-te, recuperando vida.
Estarei sempre aqui. À tua luz, à luz da Lua.
Perco vida de cada vez que te sinto a chorar por dentro.
Perco vida a cada vez que me sinto impotente em te oferecer dias mais coloridos.
Não aceito esta vida em que tanto Amor afinal não traz nem felicidade, nem sorriso.
Que ganhes ânimo, que ganhes coragem, que ganhes sorriso.
Se para isso tiveres que ganhar também outros mundos, mesmo que longe,
Estou preparado para chorar e nos secarmos as lágrimas,
E sabendo-te mais feliz, continuar a amar-te, recuperando vida.
Estarei sempre aqui. À tua luz, à luz da Lua.
quarta-feira, 18 de março de 2009
...
Não compreendo. E já só quero compreender.
Que posso mais fazer? Que tenho feito mal ou de forma insuficiente?
Porque estou a ser derrotado nesta minha luta de sempre? Porque te foge o sorriso e a convicção?
Porque me sinto impotente até para continuar a persistir? Se me parece que estou sempre a errar, quando não por defeito, por excesso, mas sempre em erro impotente, que insiste em persistir.
Apenas porque um dia sonhei. E beijei. E esse sonho, feito beijo eterno, és tu. Feliz.
E escapa-me o motivo de tanta amargura, de tanto não ser feliz.
Só queria compreender. Fazer parte da solução. Não me quero sentir problema.
Chega de tristeza. Não merecemos. Assim até parece que nada tem valor. Que nada foi tão dificilmente conquistado, com tanto Amor. E foi.
Apenas gostava que um sorriso doce, que uma palavra acertiva, que um suspiro quente, me ajudasse a entender. Eu, ainda assim, continuarei a acreditar, a persistir. E não aceito que seja num erro.
Preciso de ti. De sorrir contigo. De vez! Fiquem bem, à luz da Lua.
Que posso mais fazer? Que tenho feito mal ou de forma insuficiente?
Porque estou a ser derrotado nesta minha luta de sempre? Porque te foge o sorriso e a convicção?
Porque me sinto impotente até para continuar a persistir? Se me parece que estou sempre a errar, quando não por defeito, por excesso, mas sempre em erro impotente, que insiste em persistir.
Apenas porque um dia sonhei. E beijei. E esse sonho, feito beijo eterno, és tu. Feliz.
E escapa-me o motivo de tanta amargura, de tanto não ser feliz.
Só queria compreender. Fazer parte da solução. Não me quero sentir problema.
Chega de tristeza. Não merecemos. Assim até parece que nada tem valor. Que nada foi tão dificilmente conquistado, com tanto Amor. E foi.
Apenas gostava que um sorriso doce, que uma palavra acertiva, que um suspiro quente, me ajudasse a entender. Eu, ainda assim, continuarei a acreditar, a persistir. E não aceito que seja num erro.
Preciso de ti. De sorrir contigo. De vez! Fiquem bem, à luz da Lua.
quinta-feira, 12 de março de 2009
Ocupa-te! Mas não te preocupes Lua! Conheces a sua força!
Amarmos alguém, é talvez antes de tudo, amar aquilo e antes ainda, aqueles que ama quem dizemos amar. Não há forma de respeitar a personalidade e os hábitos, os defeitos e feitos, ou de amar com confiança justa e cega alguém quantas vezes tão diferente de nós, se antes não soubermos ou quizermos respeitar e amar aqueles que fizeram da pessoa amada aquilo que ela hoje é para nós.
Por muito que nos queiramos iludir, ou besuntar em cremes e cansar em fitness, no fundo temos consciência, e por a termos é que nos iludimos e besuntamos e cansamos, que ao contrário do que o Brad Pitt e companhia ainda agora nos fazem sonhar, a vida tem o seu caminho a fazer, em cada um de nós. E está a fazê-lo. Esta coisa dos blogs, principalmente aqueles como o meu, que nascem e existem e resistem, não apenas mas principal e fundacionalmente para cantar um grande amor, é coisa de gente, como eu, acima dos trinta e a caminho de um meio de existência que não queremos vazio. Por isso tudo fazemos para passar mensagem. Mais novos, tinhamos outras armas.
Se nós estamos a começar a sentir o peso do besunto e do cansaço, se tentamos inovar nas formas e nos meios de nos fazermos compreender e de lutar pelos sonhos, então é natural que aqueles que amamos e nos fizeram e criaram, educaram e se sacrificaram por nós, que deram muito deles para nós apenas conseguirmos ser um pouco do que nos deram - e quantas vezes do que continuam a ser- é natural, que o caminho se esteja a tornar para eles, infelizmente e impotentemente para nós, ainda mais sinuoso, de altos e baixos, ainda mais cansativo, de lutas e batalhas. Mas nos olhos deles, ainda mais emotivo, porque simplesmente cada dia é mais uma vitória. Porque simplesmente cada sorriso ou simples presença nossa ou palavra ou gesto que tenhamos tempo, é um troféu de vida.
Mas convém - principalmente a nós - que não esqueçamos que muitos, muitos, dos nossos "heróis", quantos deles sem aspas, não se resignam aos sinais da passagem dos anos. Não se resignam apenas a abusar do besunto e do fitness, que valorizam cada vez mais a sua participação activa em sociedade, que conseguem dar, sempre cada vez mais conscientemente, mais de si, aqueles que amam, nem que seja um dia, apenas a sua confiança, a sua presença, o seu saber, o seu beijo de carinho.
Se é normal - se é que existe normalidade possivel nisto - que com o passar dos anos cresça em nós um medo inexplicavel de ficar sem os que amamos e nos ensinaram a amar, também é, ou devia ser, tão ou mais normal, que aproveitássemos e nos "banquetiassemos" com cada minuto da presença do seu carinho e do seu exemplo.
E se há algo que ouço dos "meus velhos", é que só se arrepende do que não fizeram ou tiveram tempo para fazer. Curioso como eu, também já digo o mesmo, reconheço que quantas vezes, sem saber o que digo ou porque o digo.
Deixo-vos com uma velha conhecida. A cantar um hino, um verdadeiro hino, a uma das maiores riquezas das nossas vidas - e daqueles a quem hoje amamos perdidamente - um hino escrito e composto por eles, para eles, e com um pormenor importante que a maioria desconhece, com eles.
Gostar de quem gosta de nós, é uma das maiores, e para quantos a mais díficil, prova de amor.
Em cada mostra de debilidade, nasce uma prova de força, de Amor. Saibamos acompanhar a primeira e aprender em júbilo a segunda.
"Parado e atento à raiva do silêncio
De um relógio partido e gasto pelo tempo
Estava um velho sentado no banco de um jardim
A recordar fragmentos do passado
Na telefonia tocava uma velha canção
E um jovem cantor falava na solidão
Que sabes tu do canto de estar só assim
Só e abandonado como o velho do jardim?
O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim
Passam os dias e sentes que és um perdedor
Já não consegues saber o que tem ou não valor
O teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
Para dares lugar a outro no teu banco do jardim
O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um resto de tudo o que existiu
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim"
As melhoras "yaya"! O Mundo, e este meu mundo Lunar, precisa muito de tu sonrisa. E sem essa tosse. És uma prova da inigualável necessidade que os nossos nos fazem, até aqueles que te amam porque um dia se apaixonaram por um dos teus, no caso uma das tuas, que tiveste a sorte de nos proporcionar uma família de mulheres.
Abri uma excepção, hoje esta trova só é Lunar, por interposta pessoa. A mais importantes das "interpostas". Fiquem bem, à luz da Lua.
Por muito que nos queiramos iludir, ou besuntar em cremes e cansar em fitness, no fundo temos consciência, e por a termos é que nos iludimos e besuntamos e cansamos, que ao contrário do que o Brad Pitt e companhia ainda agora nos fazem sonhar, a vida tem o seu caminho a fazer, em cada um de nós. E está a fazê-lo. Esta coisa dos blogs, principalmente aqueles como o meu, que nascem e existem e resistem, não apenas mas principal e fundacionalmente para cantar um grande amor, é coisa de gente, como eu, acima dos trinta e a caminho de um meio de existência que não queremos vazio. Por isso tudo fazemos para passar mensagem. Mais novos, tinhamos outras armas.
Se nós estamos a começar a sentir o peso do besunto e do cansaço, se tentamos inovar nas formas e nos meios de nos fazermos compreender e de lutar pelos sonhos, então é natural que aqueles que amamos e nos fizeram e criaram, educaram e se sacrificaram por nós, que deram muito deles para nós apenas conseguirmos ser um pouco do que nos deram - e quantas vezes do que continuam a ser- é natural, que o caminho se esteja a tornar para eles, infelizmente e impotentemente para nós, ainda mais sinuoso, de altos e baixos, ainda mais cansativo, de lutas e batalhas. Mas nos olhos deles, ainda mais emotivo, porque simplesmente cada dia é mais uma vitória. Porque simplesmente cada sorriso ou simples presença nossa ou palavra ou gesto que tenhamos tempo, é um troféu de vida.
Mas convém - principalmente a nós - que não esqueçamos que muitos, muitos, dos nossos "heróis", quantos deles sem aspas, não se resignam aos sinais da passagem dos anos. Não se resignam apenas a abusar do besunto e do fitness, que valorizam cada vez mais a sua participação activa em sociedade, que conseguem dar, sempre cada vez mais conscientemente, mais de si, aqueles que amam, nem que seja um dia, apenas a sua confiança, a sua presença, o seu saber, o seu beijo de carinho.
Se é normal - se é que existe normalidade possivel nisto - que com o passar dos anos cresça em nós um medo inexplicavel de ficar sem os que amamos e nos ensinaram a amar, também é, ou devia ser, tão ou mais normal, que aproveitássemos e nos "banquetiassemos" com cada minuto da presença do seu carinho e do seu exemplo.
E se há algo que ouço dos "meus velhos", é que só se arrepende do que não fizeram ou tiveram tempo para fazer. Curioso como eu, também já digo o mesmo, reconheço que quantas vezes, sem saber o que digo ou porque o digo.
Deixo-vos com uma velha conhecida. A cantar um hino, um verdadeiro hino, a uma das maiores riquezas das nossas vidas - e daqueles a quem hoje amamos perdidamente - um hino escrito e composto por eles, para eles, e com um pormenor importante que a maioria desconhece, com eles.
Gostar de quem gosta de nós, é uma das maiores, e para quantos a mais díficil, prova de amor.
Em cada mostra de debilidade, nasce uma prova de força, de Amor. Saibamos acompanhar a primeira e aprender em júbilo a segunda.
"Parado e atento à raiva do silêncio
De um relógio partido e gasto pelo tempo
Estava um velho sentado no banco de um jardim
A recordar fragmentos do passado
Na telefonia tocava uma velha canção
E um jovem cantor falava na solidão
Que sabes tu do canto de estar só assim
Só e abandonado como o velho do jardim?
O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim
Passam os dias e sentes que és um perdedor
Já não consegues saber o que tem ou não valor
O teu caminho parece estar mesmo a chegar ao fim
Para dares lugar a outro no teu banco do jardim
O olhar triste e cansado procurando alguém
E a gente passa ao seu lado a olhá-lo com desdém
Sabes eu acho que todos fogem de ti prá não ver
A imagem da solidão que irão viver
Quando forem como tu
Um resto de tudo o que existiu
Quando forem como tu
Um velho sentado num jardim"
As melhoras "yaya"! O Mundo, e este meu mundo Lunar, precisa muito de tu sonrisa. E sem essa tosse. És uma prova da inigualável necessidade que os nossos nos fazem, até aqueles que te amam porque um dia se apaixonaram por um dos teus, no caso uma das tuas, que tiveste a sorte de nos proporcionar uma família de mulheres.
Abri uma excepção, hoje esta trova só é Lunar, por interposta pessoa. A mais importantes das "interpostas". Fiquem bem, à luz da Lua.
quinta-feira, 5 de março de 2009
Tarir? Contigo? Nunca!
Sem hipocrísias.
Sem falsos estar bem com Deus e o Diabo.
Sem faltas conosco, com o outros.
Sem a sempre presente consciência do erro, da falha, da culpa.
Hablemos de sexo!
O sexo tem várias consequências, o prazer é apenas uma delas. A mais fácil. E quantas vezes a mais díficil.
Vontade, querer, amar , desejar, sentir, sugar, engolir, tarir, esconder, sonegar, transparecer ou não, ser, viver ou parecer, possuir e sê-lo, gritar e abafar, ruminar e regurgitar, adormecer e acordar, não adormecer e recomeçar, ser e deixar ser, ter uma vida ou ter mais que uma só, uma noite ou todas numa, uma de cada vez, quem és tu e quem sou eu? Foi bom? Amanhâ existe?
Não sei o que é tarir.
Pequenas coisas que fazem esquecer e ou perder o que se quer e é essêncial. Mas, o que é tarir? Agora nada mais importa, apenas acrescentar mais uma palavra ao nosso egocêntrico conhecimento.
O que é tarir?
Não sei. Perdi-me. Perdeste-te? Ainda bem. Antes os dois que só. Amanhã estarás aqui? Claro! Amo-te! Boa! Um dia serás tudo e num só golo. Como-te! Sonha e espera. E lembra-te que a vida não tem sexo. Apenas é e tem que se viver. Conjugar o tarir? O que é o tarir? Não tens nada para dar? Molha-te! Molha-me! Ama-me! Sem pensar, apenas sente. Tarir? Nunca!
O que é tarir? Não sei, Amor. Contigo, nunca o estarei.
Loucura? Talvez. Fuga para a frente? Ou para trás? Talvez sim. Lua, Amo-te! E sem nunca tarir!
Os loucos saudam-te, oh Lua! Enlouqueço sem tarir. Nunca. Porque em ti quero beber!
Sem falsos estar bem com Deus e o Diabo.
Sem faltas conosco, com o outros.
Sem a sempre presente consciência do erro, da falha, da culpa.
Hablemos de sexo!
O sexo tem várias consequências, o prazer é apenas uma delas. A mais fácil. E quantas vezes a mais díficil.
Vontade, querer, amar , desejar, sentir, sugar, engolir, tarir, esconder, sonegar, transparecer ou não, ser, viver ou parecer, possuir e sê-lo, gritar e abafar, ruminar e regurgitar, adormecer e acordar, não adormecer e recomeçar, ser e deixar ser, ter uma vida ou ter mais que uma só, uma noite ou todas numa, uma de cada vez, quem és tu e quem sou eu? Foi bom? Amanhâ existe?
Não sei o que é tarir.
Pequenas coisas que fazem esquecer e ou perder o que se quer e é essêncial. Mas, o que é tarir? Agora nada mais importa, apenas acrescentar mais uma palavra ao nosso egocêntrico conhecimento.
O que é tarir?
Não sei. Perdi-me. Perdeste-te? Ainda bem. Antes os dois que só. Amanhã estarás aqui? Claro! Amo-te! Boa! Um dia serás tudo e num só golo. Como-te! Sonha e espera. E lembra-te que a vida não tem sexo. Apenas é e tem que se viver. Conjugar o tarir? O que é o tarir? Não tens nada para dar? Molha-te! Molha-me! Ama-me! Sem pensar, apenas sente. Tarir? Nunca!
O que é tarir? Não sei, Amor. Contigo, nunca o estarei.
Loucura? Talvez. Fuga para a frente? Ou para trás? Talvez sim. Lua, Amo-te! E sem nunca tarir!
Os loucos saudam-te, oh Lua! Enlouqueço sem tarir. Nunca. Porque em ti quero beber!
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Pensar e viver simples (segundo os poetas e este trovador)
"Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz"
Vinicius regressa à luz da Lua, hoje na companhia de um outro génio, Chico Buarque de Hollanda, com a sua "Valsinha".
Trazem uma história simples. Uma história que nos lembra que há sempre um momento em que podemos fazer diferente, em que podemos optar por não complicar. Normalmente resulta. Mas normalmente é também raro ousar ser simples.
Eu confio na genialidade e na simplicidade. Adoraria dançar esta valsinha. E viver em Paz.
Lua, danças comigo?
Boas valsas e valsinhas, fiquem bem à luz da Lua.
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz"
Vinicius regressa à luz da Lua, hoje na companhia de um outro génio, Chico Buarque de Hollanda, com a sua "Valsinha".
Trazem uma história simples. Uma história que nos lembra que há sempre um momento em que podemos fazer diferente, em que podemos optar por não complicar. Normalmente resulta. Mas normalmente é também raro ousar ser simples.
Eu confio na genialidade e na simplicidade. Adoraria dançar esta valsinha. E viver em Paz.
Lua, danças comigo?
Boas valsas e valsinhas, fiquem bem à luz da Lua.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Chega de saudade!
"Vai minha tristeza
e diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza, é só tristeza
E a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim"
Vinicius de Morais escreveu, Antonio Carlos Jobin musicou, João Gilberto imortalizou e eu continuo a fazer deste pedaço de genialidade "tripartilhado" um grito de resistência, uma prece Lunar.
Bons sonhos. E fiquem bem, à luz da Lua.
e diz a ela
Que sem ela não pode ser
Diz-lhe numa prece que ela regresse
Porque eu não posso mais sofrer
Chega de saudade, a realidade é que sem ela
Não há paz, não há beleza, é só tristeza
E a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei na sua boca
Dentro dos meus braços os abraços hão de ser milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de viver longe de mim
Não quero mais esse negócio de você viver assim
Vamos deixar desse negócio de você viver sem mim"
Vinicius de Morais escreveu, Antonio Carlos Jobin musicou, João Gilberto imortalizou e eu continuo a fazer deste pedaço de genialidade "tripartilhado" um grito de resistência, uma prece Lunar.
Bons sonhos. E fiquem bem, à luz da Lua.
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Habemus scriptum? Ou encontras Garcia?
Algures em Setembro passado, um amigo daqueles com "A" (um dia, conto aqui a história da madre benfiquista de Almoster e da conquista do "A"), escreveu-me uma carta (dos tempos modernos, via e-mail, mas uma missiva, carta sem selo, mas carta, de amigo:
"Bom Dia Hugo,
pelo menos assim o espero que venha a ser, bom!
Vinha no carro a pensar, que a minha equipa, se calhar já tinha atingido maturidade, para levar com a treta do "levar-a-carta-a-Garcia". Pensava que lhes podia dar uma ajudinha no sentido de apurarem a autonomia e subirem um degrau na escada do desenrascanço.
Depois, a cortar este raciocionio, e mesmo antes do "Portugalex", apareceu o Paulo a dizer que "depois do adeus" as coisas ficam outras.
A mistura, de ausencia de sono e de um cérebro matinal ainda por refrescar, detonadora de miscelanias reflexivas, induziu-me ao seguinte beco:
O Hugo está na Alemanha vai fazer quase um ano. De certeza que não vai conseguir arranjar tempo para se matricular numa universidade para melhorar conhecimentos e CV, e as causas para o não fazer são simples e aparentemente bem justificadas:
O TRABALHO. Esta obsessão que temos de sentir-nos disponiveis. Todos os restantes compromissos, que não profissionais, parecem peso e fazem lastro imobilizador para a nossa disponibilidade laboral. Pelo menos esta foi a sensação que presidiu às minhas decisões de não inscrever-me na Sorbonne. Bom, mas ao que íamos:
Vai fazer um ano.
Eliminada que está a possibilidade académica (saber admitir derrotas prepara-nos melhor para a vitória - não estou a citar, é proprio), para além de nos sentirmos mais leves, abre-nos uma outra porta: então quê? (para alem do banco, já sei...). Pois tive uma ideia: enquanto continuas a levar a tua carta a Garcia (o próprio demorou 10 meses, tu seguramente mais) por que não escreves um livro?
Esta ideia não há-de de angustiar obviamente porque:
Rediges bem,
tens tempo,
emocionalmente não podias estar melhor (a sofrer)"
Fez-me pensar em mim e em tudo. Principalmente nas opções que tinha tomado e nas outras, de vida, que estava a tomar. Confesso: nunca tinha pensado tanto. Nem sequer sabia que era capaz de equacionar tanto por tanto em tão pouco tempo. Soube uma coisa: havia que urgentemente que saber o que iria significar no futuro para mim, esta opção. Uma provação? Uma conquista? Um passo ao lado? Um decisivo passo em frente? Profissional? Pessoal? Tudo foi escrutinado no momento, continua a ser. E será.
Hoje recebi nova carta desse Amigo:
"Habemus scriptum?"
Amigo, obrigado por me me recordares que, se nem tudo pode ter uma causa controlável, o mesmo tudo tem que ter um resultado, que de alguma forma, ou de todas de preferência, seja um sucesso para o Futuro. Seja ele qual fôr.
E com tudo isto, vou tentar não deixar de te responder. Não sei se tenho escrito ou escrevo um livro. Sei que faço um trajecto, e no meio desse, tenho ficado a conhecer-me melhor (eu que pensava conhecer-me e conhecer os outros melhor que qualquer Ser Superior). Por falar em Seres Superiores: Obrigado pela confiança. E espera comigo pelo resultado. Nunca será menos que um "Pullitzer"!!
E nunca esqueçam, que mesmo à luz da Lua, "a luta continua"!
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
Uma trova fora do comum
Fora do comum porque o que se fez comum, normal ou extraordinário, é esta luz ser um espaço de canto de amor livre, onde canto o que sinto e cantando faço aumentar vontade, onde transformo realidade em sonho, espera em esperança, mágoa em perseverança, desencanto em desejo. Fora do comum porque hoje não olho e canto a Lua, hoje olho para mim a olhar a Lua. Vejo-me a admirá-la ao longe, a esperar os seus designios. Fora do comum porque sinto faltarem-me forças para cantar. Sinto a mesma vontade de sempre, quero ter a mesma perseverança de sempre, mas volto a sentir-me fraco. Como sempre fui antes de a luz da Lua me ter iluminado. Cantador egoista eu, que anseia por ser cantado. Mas a história, a filosofia, a teologia e até a poesia mais empírica ensina que tudo tem a sua ordem e ela é inalterável. Há quem cante e quem tenha que cantar. Mas hoje, fora do comum, não tinha outra forma de dizer que até o mais iluminado dos trovadores se pode sentir no vazio, fraco e a precisar de ajuda. E como "o que é do blog, fica no blog", aqui fica uma trova incomum, tão sentida como todas as outras que escrevi e voltarei a escrever. Sim, voltarei a escrever, porque há coisas e sentires que não mudam, por muito irracional que isso possa parecer ou ser.
Como já devem ter percebido, embora esteja lá, esta noite não há Lua. E trovador sem Lua fica assim, estranho, fora do seu mundo, incomodo e incomum.
É fora do comum, mas continua a ser para ti, a chamar por ti, Lua.
Como já devem ter percebido, embora esteja lá, esta noite não há Lua. E trovador sem Lua fica assim, estranho, fora do seu mundo, incomodo e incomum.
É fora do comum, mas continua a ser para ti, a chamar por ti, Lua.
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Não é de hoje e não será de amanhã, mas sinto que ...
Quando a consciência crescente e a Lua Cheia, alargava e alegrava o horizonte, eis que a neblina, embora persista em querer acreditar que não mais que meros passageiros e instáveis bancos de nevoeiro, teima e volta a fazer redobrar esforços de navegação com olhos postos nos metros mais próximos.
A imprescindível cautela, obrigatória e necessária a quem muito quer chegar ao destino, à sua terra prometida, ao seu sonho lunar, obriga a retomar estudos e orações, a retirar do baú as cartas de marear e a reorientar rosas dos ventos, a criar ainda maior capacidade de paciência e tolerância face às intempéries. Caso contrário, o desaire, o naufrágio pode ser inevitável, mesmo que nunca se tenha por eminente.
Insisto em preferir a prosa à poesia, embora vá beber aos poetas da inspiração, do desapego e do desassossego. Prefiro a prosa, porque embora o que sinta seja digno da maior das representações poéticas, o tempo e os tempos desaconselham tal euforia. O tempo está frio e nublado, os tempos apresentam-se-me como mais de mais perguntas do que de viver e exultar respostas. Há que, com apaixonada paciência, aguardar que estas reincidentes nuvens se dissipem e que os tempos que o amanhã trará sejam de poesia apaixonada, Camoniana, ou se Deus realmente for meu amigo, de tipo casamento de Camões com Bocage.
Há que ter confiança, manter o rumo e vontade. Porque a força que me prende ao leme, não sendo a do Príncipe Perfeito, também vence monstrengos. Assim o quero, assim insisto, assim o desejo. Assim seja.
Lua, estou contigo. Que voltes a sentir-te, a estar Cheia, feliz, confiante. Que voltes:
“Hoje voltei a acreditar.A acreditar em mim. A acreditar que há quem acredite em mim. Hoje inicie um projecto, um projecto meu, um projecto em que acredito. Pouco importa se falhar, aprenderei com ele, aprenderei comigo. Com as minhas opções, com as minhas decisões, com os meus erros.Hoje voltei a acreditar e estou feliz “
SBD 18.01.2008
Assim, juntarás à minha a tua força, agarrando o leme, que insisto em sentir que não guia apenas o meu querer e sentir, mas também a rotação lunar. Conto contigo, preciso de ti.
E entretanto, fiquem bem à luz da Lua.
A imprescindível cautela, obrigatória e necessária a quem muito quer chegar ao destino, à sua terra prometida, ao seu sonho lunar, obriga a retomar estudos e orações, a retirar do baú as cartas de marear e a reorientar rosas dos ventos, a criar ainda maior capacidade de paciência e tolerância face às intempéries. Caso contrário, o desaire, o naufrágio pode ser inevitável, mesmo que nunca se tenha por eminente.
Insisto em preferir a prosa à poesia, embora vá beber aos poetas da inspiração, do desapego e do desassossego. Prefiro a prosa, porque embora o que sinta seja digno da maior das representações poéticas, o tempo e os tempos desaconselham tal euforia. O tempo está frio e nublado, os tempos apresentam-se-me como mais de mais perguntas do que de viver e exultar respostas. Há que, com apaixonada paciência, aguardar que estas reincidentes nuvens se dissipem e que os tempos que o amanhã trará sejam de poesia apaixonada, Camoniana, ou se Deus realmente for meu amigo, de tipo casamento de Camões com Bocage.
Há que ter confiança, manter o rumo e vontade. Porque a força que me prende ao leme, não sendo a do Príncipe Perfeito, também vence monstrengos. Assim o quero, assim insisto, assim o desejo. Assim seja.
Lua, estou contigo. Que voltes a sentir-te, a estar Cheia, feliz, confiante. Que voltes:
“Hoje voltei a acreditar.A acreditar em mim. A acreditar que há quem acredite em mim. Hoje inicie um projecto, um projecto meu, um projecto em que acredito. Pouco importa se falhar, aprenderei com ele, aprenderei comigo. Com as minhas opções, com as minhas decisões, com os meus erros.Hoje voltei a acreditar e estou feliz “
SBD 18.01.2008
Assim, juntarás à minha a tua força, agarrando o leme, que insisto em sentir que não guia apenas o meu querer e sentir, mas também a rotação lunar. Conto contigo, preciso de ti.
E entretanto, fiquem bem à luz da Lua.
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