quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Perdidos e achados

De um momento para o outro, sem sequer dar conta, perdi-me.
Perdi-me no meio de tanto querer não me perder.
Perdi-me enlaçado por tão grande querer bem.
Perdi-me, talvez, neste meu amar desmedido.
Perdi-me, mas sei onde estou.
Perdi-me, mas acredito que o caminho existe. E sei qual é.
Mas confesso que me perdi.
Perdi-me na confissão cruel, mas decerto real, que não consegue...
Perdi-me na sua razão de querer estar só.
Perdi-me entre a minha incapacidade de lhe mostrar que posso ser caminho.
Perdi-me porque se acercou de mim, no meio das minhas grandes certezas, a dúvida.
A dúvida, de que se pode ter perdido.
De um momento para o outro, como todas as coisas importantes, daquelas que ficam e transformam.
Assim me sinto eu perdido.
Perdido por ter consciência que tudo o que tenho, que tudo o sou, está empenhado.
Perdido porque quero tanto dár-lhe a mão e fazer caminho. E confessa, hoje entendo, não saber se o caminho que quer encontrar se faz com a minha mão na sua.
Resistirei? Claro que sim.
Persistirei? Claro que sim.
Haverá caminho? Claro que sim.
Amo para nos encontrar? Sem dúvida.
Mas, há dias em que me perco. Em que não sei por onde ir, querendo muito que não houvessem dúvidas.
Com ou sem razão, o meu fundo de alma apaixonada, pergunta-se se estará a conseguir dizer: Dá-me a mão Amor, faz caminho comigo e encontremo-nos os dois.
Assim, de um momento para o outro, e mais uma vez, perco-me e acho-me. Por que te amo.

Queria tanto dár-te um beijo! Fiquem bem à luz da Lua.

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