quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Pânico!

Era quase mais que certo. Não estava ainda verdadeiramente digerido nem interiorizado, mas surgia já uma consciência de inevitabilidade e uma confiança de que talvez fosse benéfico e útil para alcançar o primeiro dos meus objectivos. Agarrei-me á ideia de que a distância pudesse e devesse ajudar a ultrapassar barreiras de próximidade e que através dela, o tempo ganhasse outra dimensão, outra urgência, fizesse nascer consciência de outras necessidades.
Hoje veio a confirmação. Daqui a nada arrisco o tudo. E as certezas abalaram. E as dúvidas ficaram mais dúvidas. A coragem que nunca tive escondeu-se.
Fiquei triste por ganhar consciência que tudo o quanto construimos podemos não ser capazes de manter de pé. Fiquei triste porque não nos queria sózinhos e isolados. Nunca quiz. Quanto mais perto, mais quente, melhor.
Fico perdido por não saber que fazer. Reajo tão mal à solidão, à angústia do querer e não poder.
Não perdi a esperança da felicidade, essa não morrerá.
Mas estou em pânico, porque sem saber como nem quando, o vidro do meu relógio novo estalou. E só reparei no exacto momento da confirmação da ausência.
Hoje, mais que nunca, preciso de Ti. E sei que à tua maneira, precisas de mim.

Fiquem bem, à luz da Lua.


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